Inicio do seminário: A
Matemática nas Escolas Técnicas Federais: um Acessório Seguro e Importante no
Trabalho
O tema abordado em nossa
apresentação teve como pesquisa sobre “O ensino da matemática nas escolas profissionalizantes”,
tema esse bastante desconhecido, ou seja, que pouco é exposto ou pesquisado. O
intuito e objetivo do seminário, era fazer com que a equipe no nosso caso, a
dupla mostra-se para os demais colegas uma aula de exposição e explicação, já
que temos como objetivo colocar em pauta um assunto que desperte o interesse e
curiosidade dos outros educando. O objetivo foi alcançado, e a aula aconteceu
de maneira leve e interativa, pois
precisamos de certa forma chama e causar curiosidade para fazer com que o seminário aconteça com a participação de todo o publico, no caso ,
dos colegas ali presentes.
Iniciamos o seminário com
apresentação de gincana de matemática para deixar o ambiente interativo. A
gincana foi uma brincadeira que envolve operações de matemática usando somente
o numero quatro e, que leva o nome de “jogo dos quatro quatros”, brincadeira
essa colocada para chamar os alunos ali presentes a quebrarem o gelo e
participar daquele momento. Com o término da
gincana, começou a exposição de um artigo em eslaide, artigo esse que
tinha como titulo “ A Matemática nas Escolas Técnicas Federais: um Acessório
Seguro e Importante no Trabalho”
cujo autores são (Antonio Henrique Pinto1 e Marina Gomes dos Santos).
Esse artigo é uma exposição de relatos de um grupo de professores que se uniram
perante uma causa que para eles era justa que foi criar um meio pra tornar os
cursos profissionalizantes em primário, já que estava se tornando secundário. Na
década de setenta estava sendo um transtorno nos institutos federais o fato de
que, essas escolas passaram a ser reconhecidas pela qualidade do ensino nas
áreas de física e matemática e, por serem públicas e gratuitas, logo atraíram
os adolescentes e jovens de segmentos sociais mais elitizados. Nesse contexto,
seu currículo já não estava restrito à preparação profissional, mas também
incluía uma sólida preparação para o ingresso na Universidade a que essas de
modernização afetavam os cursos técnicos, deixando-os em segundo plano e
prejudicando a formação profissional dos cursados.
Nessa década de 1980 essa
descaracterização incomodava muitos professores, pois percebiam que a função de
formar para o trabalho havia se tornado secundário. Assim, movidos pelos ares
democráticos desse período, professores de matemática de diversas Instituições
Federais de Ensino dos diferentes Estados da Federação começaram a organizar
encontros anuais com o intuito de debater e elaborar propostas para a melhoria
do ensino de matemática, promovendo a troca de experiências e a reflexão sobre
questões téorico-metodológicas pertinentes às especificidades do ensino
profissional. O encontro de professore de matemática de institutos federais de
todo território nacional, e que aconteceu no ano de 1980 recebeu o nome de
ECONAM(Encontro Nacional de Professores de Matemática das Escolas Técnicas
Federais e Cefet’s).
A parti daí deu-se o inicio e elaboração de um
livro texto para ser adotado como uma
base nova curricular de ensino de matemática, com o objetivo de resgatar e
trazer a originalidade do ensino profissional de volta. Com O I ENCONAM ocorreu em 1980, na cidade de Curitiba, no
Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná. Esse encontro, por ser o
primeiro, serviu para que os professores percebessem a identidade de seu
trabalho docente, trocassem experiências e percebessem os desencontros
didáticos existentes entre eles. Houve ali uma grande troca de experiência e
sugestões das quais troxeram para o
segundo encontro que aconteceu em 1981 na cidade de Fortaleza, patrocinado pela
Escola Técnica Federal do Ceará. Esse encontro teve como tema principal o
argumento de que os alunos das Escolas Técnicas e Cefet’s não teriam uma
formação profissional técnica de qualidade, se o ensino ministrado seguisse a
concepção clássica e acadêmica hegemônica nas escolas regulares. Este argumento
sensibilizou os professores que, ao final do encontro, aprovaram a proposta de
elaboração de um livro-texto de matemática que seria específico para o ensino
profissionalizante. Então a parte daí criou-se uma comissão provisória de
professores organizadas em grupos por regiões selecionaram temáticas e
conteúdos de ensino de matemática, que iria ficar responsável pela elaboração
de tarefas em cima daquele tema para ver como era a aceitação dos alunos com a
abordagem e resultados para ser colocados em pauta no próximo encontro.
O III ENCONAM, realizado no Cefet-MG,
em Belo Horizonte. Entre os trabalhos apresentados estava o do grupo de
professores da Escola Técnica Federal de Alagoas, responsável pelo ensino das
Funções Exponencial e Logarítmica. Voltando um pouco para a apresentação do
seminário, em alguns momentos houve relatação de opiniões dos demais colegas,
que davam e tiravam suas duvidas em relação ao tema, focando principalmente o
fato de que porque o curso profissionalizante tinha perdido sua origem e como a
carga horária era fundamental nesse sistema de formação profissional. Ao final
desse encontro, os profissionais aprovaram a formação de uma comissão
provisória, liderada pela equipe de professores de matemática do Cefet-MG, sob
coordenação do professor João Bosco Laudares. Essa comissão organizou um
questionário que seria aplicado aos professores das áreas técnicas entre os
meses de agosto de 1982 e fevereiro de 1983. Foram respondido cerca de 300
questionários que, após serem organizados e tabulados, foram apresentados no
relatório “Pesquisa Nacional sobre Conteúdo Programático de Matemática
Específico para cada Modalidade de Cursos Técnicos”, apresentando os seguintes
resultados:
1) A
matemática é essencial no aprendizado de sua disciplina? Respostas afirmativas
de 98% dos professores;
2)
Para cursar sua disciplina o aluno traz a bagagem matemática necessária?
Respostas afirmativas de 30% dos professores;
3)
Apenas os conhecimentos do 1º grau são exigidos ao ministrar sua disciplina?
Respostas afirmativas de 2% dos professores;
4)
Seus alunos reagem favoravelmente à transferência de conceitos matemáticos do
2º grau nas aplicações em sua disciplina? Respostas afirmativas de 50% dos
professores.
Essas quatro e outras duas mais forma
os resultados da pesquisa que tinha por sua finalidade tirar a conclusão de que
o ensino:
1-
Há maior demanda de matemática nos cursos Elétrica, Eletrônica e
Telecomunicações;
2-
Constatou-se uma grande dificuldade dos professores das áreas técnicas na
aplicação da matemática do 2º grau envolvida nos conceitos de suas disciplinas;
3-
Nos cursos da área de química a preocupação maior é com o conteúdo logaritmo;
4- A
grande maioria dos professores reclamou da falta de base em matemática do 1º
grau, sugerindo incluir no programa uma revisão dos conceitos mais importantes
que são: operações nos racionais, potência de dez, sistema métrico decimal,
equações e inequações de 1º e 2º graus, razão, proporção, regra de três e
porcentagem, geometria plana (fórmulas e propriedades da figuras principais).
No intuito de garantir resultados
mais consistentes, simultaneamente ao questionário, a comissão realizou
entrevistas com professores das áreas técnicas, procurando identificar quais os
conteúdos de matemática eram mais usados nas aulas técnicas, oficinas e
laboratórios. Os resultados foram bastante siguinificativos, mostrando os
cursos com maior demanda, a disciplina que apresentava defite de ensino e o
conteúdo que apresentava dificuldade. O IV ENCONAM, realizado no ano de 1983,
na cidade de Salvador-BA, teve o principio de criar e uma comissão permanente
que cuidaria da elaboração final do livro texto. Em janeiro de 1985, a CCP
voltou a se reunir no Cefet-PR, visto não ter sido realizado o V ENCONAM no ano
anterior. Nesse encontro ficou resolvido que seriam feitas reuniões regionais
com o objetivo de debater os primeiros resultados do livro-texto. Como
resultado dessas reuniões ficou decidido a realização do V ENCONAM, na cidade
de Campos-RJ, ainda no ano de 1985.Um fato importante também foi que o V ECONAM
deveria ter sido realizado no ano de 1984 mais por motivos financeiros adiou-se
pra o ano de 1985. Esses cinco encontro foram considerados os mais importantes,
já que houve registros de treze encontros realizados desde o ano de 1980 a
1994, e no quinto foi o auge dos encontros que foi a exposição e publicação do
livro texto de matemática em fascículos. O livro texto trata, “O ensino de
matemática nas ETFs e CEFETs: a busca de uma metodologia própria”. O
livro-texto traz uma ligação entre Número, Álgebra e Geometria, conceitos
matemáticos associados às disciplinas profissionalizantes. Também apresentou
problemas que envolvem situações reais, mesmo sabendo que nem todos os
conteúdos possibilitariam tal propósito. Mesmo assim será de grande ajuda na
formação e originalidade do ensino profissional.
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